ATÉ ONDE, ATÉ QUANDO…

Há muitos anos vi uma palestra de um psicologo sobre “limites dos filhos”. Ele deu exemplo interessante. Uma cena comum, um pai ensinando o filho a andar de bicicleta… quando ele solta e o filho sai pedalando sozinho muito feliz ele fala: “vai filho, livre, vai… mas vai só até aquele ponto”.

O que é esse ponto até onde o filho deve ir, que ele não deve ultrapassar? É o limite. E as palavras do pai revelam para o filho que ele tem liberdade e pode ser feliz dentro desse limite.

Por que cito esse exemplo? Porque creio que para tudo, ou quase tudo na vida, existe o limite e a sabedoria, sob esse tema o ponto é saber identificar esse limite. Até quanto eu posso gastar? Até onde posso ir? Quando devo parar ?

E aqui a principal pergunta do tema: “até que ponto posso e/ou devo insistir em alguma coisa ou alguém?”

Já li a seguinte “frase de facebook”: “Não desista fácil, mas não insista para sempre”. O que significa?

Na vida devemos insistir e ser perseverantes, mas devemos saber também que em muitas situações insistir não significa sabedoria, resiliência …mas somente teimosia, infantilidade ou falta de capacidade de dizer “não, o limite chegou”.

Já vi jovens sem grandes dotes intelectuais prestar vestibular para medicina em universidade pública por 4, 5, 6 anos… (detalhe, 6 anos é o tempo da faculdade). Seria isso o que? Insistência, persistência, ou perda de tempo?

É óbvio que existem exemplos em sentido contrário, mas não são a regra.

A meu ver a regra é o bom senso, o bom senso e autoconhecimento. Somente nos conhecendo bem (o que é difícil) e sabendo aplicar esse autoconhecimento (bom senso) conseguiremos delimitar o ponto, encontrar o limite entre a insistência sadia e aquela que pode se revelar doentia e improdutiva.

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